Palmeiras e Corinthians não é só um dos maiores clássicos do Brasil, é um dos maiores clássicos do mundo. A rivalidade que existe, historicamente, entre essas duas equipes é algo fora do comum e só torcedores, de ambas as equipes, é quem sabem qual adrenalina e ansiedade que existe na semana antes do clássico, durante e depois do mesmo. Palmeiras e Corinthians é o que todo o futebol deveria ser, algo grande, mas não é.

Se alguém tem dúvida, se esse é o maior clássico do Estado de São Paulo, basta ver como é o dia a dia dos clubes na semana do Dérbi. 

Pelo lado alvinegro, desde o ano passado quando sagrou-se Campeão Brasileiro, o Corinthians abre as portas do seu estádio para seus torcedores acompanharem o treino de sua equipe. O Corinthians jamais abriu os treinos em outro jogo. Clássico é diferente e se não ganham – ao menos no papel – do maior rival, eles acreditam que possam ganhar com o “sangue no olho” que o torcedor acredita fazer com que o time jogue com raça.

Pelos lados do Palestra Itália as coisas são mais “calmas”. Mas quem pensa que o Palmeiras não se prepara de forma diferente para esse jogo está muito enganado. Não tem treino aberto, as coisas dentro do Palmeiras tende a ser mais “profissionais” o time tem mais estrutura e tira o melhor de cada jogador através de números, aparelhos técnológicos, entre outras coisas. Mas a torcida do Palmeiras é completamente fanática e, mesmo não comparecendo nos treinos, tem a ansiedade e as formas de fazer com que a equipe tenha consciência de que esse é o maior jogo do mundo. É inadmissível perder um clássico para o maior rival, ainda mais tendo o melhor elenco do país, mais estrutura e mais “obsessão” em vitórias e títulos nessa temporada.

Campeonato Paulista é como os outros estaduais, a maioria das pessoas não gostam, preferem um outro torneio ou então calendário estilo europeu. Mas quando tem clássico é diferente, o estadual fica bonito, fica competitivo e ninguém quer perder. Amanhã (24) é dia de separar os homens dos meninos, quem tem medo não joga um jogo desse tamanho. É jogo que derruba treinador, que derruba árbitro e acaba com carreira de jogador, se ele pipocar.

Amanhã a cidade estará divida, o verde e o branco de um lado, do outro o preto e o branco. Ninguém é amigo de ninguém durante os 90 minutos. A rivalidade toma conta da cidade e o único objetivo os torcedores tem é torcer muito por suas respectivas equipes.

O mais importante de tudo: esperamos que seja um Dérbi da paz, um jogo dessa amplitude não pode ser manchado por mortes, devido a confrontos de torcedores (des)organizados. Torcer em paz, ir e voltar para nossas casas e poder comemorar, tirar sarro do rival no trabalho segunda-feira, é a coisa mais gostosa que existe em dias assim. O futebol não merece mais mortes, o futebol é felicidade e que amanhã seja apenas “alegria é dia de futebol” e que chegue logo pois “a semana inteira fiquei esperando” para ver o maior Dérbi do futebol brasileiro.